segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ENCONTROS COM UM CARIOCA 2

Desta vez o Armando convidou-nos para ir beber um copo à Rocinha, no bar do Belo.
- Está bem Armando, obrigada… e não é perigoso?
- Tranquilo, disse ele, ia buscar-nos à entrada por ser a primeira vez.
Chega-se à Rocinha e temos umas dezenas de moto boys à espera do próximo cliente. O preço é fixo, 2 Reais para qualquer trajeto, seja para 10m ou para subir até lá a cima. Quando começa a ficar demasiado íngreme eles mandam-nos descer e foi o que me aconteceu. O Armando foi à frente e nós ficámos nos píncaros da Rocinha sozinhas.
Nitidamente não morávamos ali e toda a gente conseguia ver isso. 
Na verdade, não havia muita gente, o que acelerava o batimento cardíaco. 
A atitude que uma pessoa tem dita tudo, foi a única vez que tive medo na Rocinha e foi a única vez que fui tão observada. Bastou-me relaxar para ninguém me passar cartuxo.
O Armando entretanto encontrou-nos, e lá chegámos ao Bar do belo. A definição de bar é bastante engraçada para o estabelecimento em questão.
Era uma garagem com uma espécie de cozinha. As caipirinhas eram feitas num alguidar dos grandes, e os churrascos que tive lá mais tarde, eram feitos num tambor de uma máquina de lavar!
Mas o bar do Belo tinha um grande trunfo: o 1º andar.
Uma varanda no alto da Rocinha onde comíamos e bebíamos, conhecíamos pessoas novas e dançávamos ao som do DJ que podia ser qualquer um de nós.

Eu testemunho a favor: é a melhor vista do Rio de Janeiro!

 motoboy

O churrasco (no tambor da máquina de lavar).

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