Cheguei com aquela boa sensação de estar sozinha. Um calor que me abraçou mal cheguei, um hostel na areia, "estou como quero", pensei.
Cheguei a Nadi sem planos, queria falar com alguém antes de escolher as ilhas que queria visitar.
Mas o fator preço escolheu por mim, fui para as duas mais baratas: Nananu-i-Ra e Mana, também fui para a Beachcomber, que fugiu um bocadinho ao barato, mas valeu cada tostão.
Não fui sozinha, fui muito bem acompanhada. Acabada de chegar ao meu quarto, conheci as minhas room mates, a Christine do Canadá e a querida Anne-Laure, francesa.
A Anne, adotou o nome Ana, assim como eu adotei o Maria porque toda a gente percebe à primeira e não temos de soletrar. Nas Fiji éramos as 'Áná' e 'Márriá'.
A Ana estava a viajar com mais dois franceses que conheceu na apanha do kiwi na Nova Zelândia, o Julien e o Guillaume.
Jantámos todos nessa noite e decidimos viajar juntos.
Qualquer ser humano é um agente de viagens nas Fiji, por isso não foi difícil tratar de barcos e camas, difícil foi fugir às aldrabices. Toda a gente tem um esquema para por no bolso um extra.
Nananu-i-Ra foi o primeiro destino, uma ilha só para nós os quatro. Para nós e para o cães, que brotam da terra como coqueiros.
Soa bem, uma ilha deserta só para quatro pessoas, mas torna-se aborrecido passado pouco tempo. Não havia nada, para além de uma praia maravilhosa, e de dois hostels vazios. Éramos só nós.
Então decidimos ir para a Mana dois dias mais cedo, e que bom que foi.
Aí ficámos, num hostel-aldeia, onde eu e a Ana tínhamos uma casinha só para nós.
O staff do hostel de dia ocupava-se com as tarefas hoteleiras e de noite eram todos entertainers, cuspiam fogo e dançavam. No dia seguinte era como se nada fosse, a rececionista voltava ao tom sóbrio.
Guardámos os últimos dias para a Beachcomber, conhecida como a party island, onde todos pudemos exibir os nossos dotes de dançarinos, a solo. E assim nos despedimos, eles ficaram pelas Fiji e eu segui para Sydney.
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